terça-feira, 4 de novembro de 2014

eu acordei. e tu?

Hoje tive saudades tuas. Daquilo que sonhei contigo. Hoje queria chegar a casa e ter-te lá. Dizer-te que o dia correu bem. Saber como correram as tuas aulas. Hoje queria acabar o meu dia contigo. Com o teu cheiro comigo. 
Lembras-te do que te disse quando me abriste a porta de tua casa? Não me lembro se tinha sido um dia bom ou mau. Lembro que passava da 1h da madrugada e eu só pensava que ia bater com o nariz na porta. Tanto desencontro. Não ia ser naquele dia que esse destino mudaria. Liguei-te e tu atendeste. Foi estranho. Toquei à campainha e tu abriste. Mais estranho ainda. E quando saí do elevador estavas à minha espera. Tive que te tocar para acreditar. Toquei, e estavas ali. E eu disse-te que nunca acreditei que aquilo fosse acontecer. Sabes bem porque disse isso. 
Esqueci-me que existia um relógio. Mas nem por um segundo pensei que ele deixaria de existir mesmo. Pensei que aquilo ia ser uma conversa ou talvez uma discussão. Rápida, mas conversa ou discussão. Enganei-me. O relógio deixou de existir. Naquele noite puff, desapareceu. 
Estava frio na varanda e tu estavas constipado. Não discutimos, só conversamos. Primeiro na varanda, depois no sofá. A tua sala era linda. A tua televisão estava péssima. Estavas a precisar de no(ó)s. 
Ficamos calados uns instantes. Não sei o que aconteceu. Começamos a "discutir" as nossas relações. Estavam incompletas. Parecia que juntos tínhamos o que lhes estava a faltar. Magia? Eu senti-a no ar. E tu, sentiste? Gostava de saber. Apaixonei-me por ti naquela noite. Fui apaixonada por ti naquela noite. Depois de todos os desencontros, eu ainda me fui apaixonar por ti. Por uma noite. O beijo. As mãos. A pele. A cama. A roupa. Os móveis. O cabelo. Os copos. A água. O gosto. Os gostos. A t-shirt. O frio. O quente. E o beijo novamente. Apaixonei-me por isso tudo. Contigo, naquela noite. Sem dormir. 
Depois amanheceu e eu despertei. Tu despertaste. E eu hoje tenho saudades tuas.


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